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Os números não nos deixam mentir sobre a atual situação econômica — negativa — do país. Por mais que o cenário seja de baixa, isso absolutamente não significa que você deva guardar seu dinheiro e mantê-lo parado para evitar perdas — você deve apenas saber onde investir na crise. Afinal, com a inflação se aproximando dos dois dígitos, o simples ato de deixá-lo parado já implica em uma grande perda.

Saiba onde investir na Crise

Pensando em quem pretende investir seu dinheiro mas não gosta de correr riscos, preparamos uma breve introdução de alguns dos principais investimentos disponíveis no mercado e por que alguns deles são uma boa opção nos dias de hoje e outros uma péssima escolha. Confira!

Poupança

No Brasil, sempre que a SELIC (taxa básica de juros da economia) estiver abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será igual a 70% do rendimento da SELIC mais taxa referencial. A partir do momento que a SELIC ultrapassa os 8,5% ao ano, seu rendimento passa a ser um valor fixo de 0,5% ao ano mais taxa referencial.

Ao passo que a taxa referencial se trata de um valor baseado no rendimento do CDB e este, por sua vez, também possui seu rendimento ligado à SELIC, podemos afirmar que, na prática, a poupança, apesar de ser um investimento de baixíssimo risco e isento de imposto de renda, hoje não se trata de uma boa aplicação, pois ela nem ao menos consegue manter o poder de compra do dinheiro de quem investe nessa modalidade.

Isso acontece porque a renda média da poupança para o acumulado do ano de 2015 é estimada entre 7,5% e 8%, enquanto a inflação acumulada para o mesmo período é estimada em 9,99%.

Na prática, isso significa que após 12 meses de dinheiro aplicado na poupança, o investidor terá uma quantia entre 7,5% e 8% a maior do que o valor que possuía aplicado um ano atrás, mas toda esta quantia terá um poder de compra 9,99% menor do que possuía no mesmo período de comparação anterior.

Certificado de Depósito Bancário

Popularmente conhecido no mercado pelo nome de CDB, trata-se de um ativo de renda fixa emitido por bancos que, ao comercializarem tais títulos no mercado, usarão os recursos angariados para emprestar dinheiro a terceiros, pagando uma parte do rendimento oriundo desse empréstimo a quem comprou os títulos. O rendimento do CDB pode ser pré-fixado ou pós-fixado, mas, diferentemente da poupança ou do LCI/LCA — que falaremos a seguir —, esse rendimento ainda estará sujeito ao pagamento de Imposto de Renda, que varia desde 15% até 22,5% dos ganhos, dependendo do prazo de vencimento do título.

Apesar dessa desvantagem, o CDB é uma aplicação com excelente rendimento no cenário atual por conta da SELIC em alta e do baixo risco envolvido, que por si só já é baixo e ainda conta com garantia do Fundo Garantidor de Crédito para quantias aplicadas inferiores a R$ 250 mil.

Esse baixo risco somado ao rendimento e à boa liquidez — facilidade com que se transforma algo em dinheiro — desse tipo de ativo faz com que o CDB deva, no mínimo, figurar no radar dos investidores brasileiros.

LCI/LCA

Outra opção para quem busca uma aplicação com bom rendimento nos dias de hoje, mas ao mesmo tempo não quer abrir mão do baixo risco envolvido na operação, é o investimento do seu dinheiro em Letras de Crédito Imobiliário ou Letras de Crédito do Agronegócio (LCI/LCA).

Esse tipo de aplicação se assemelha bastante ao CDB, mas com a diferença de que, aqui, esse recurso é destinado a financiar investimentos imobiliários (no caso da LCI) e investimentos no agronegócio (no caso da LCA). Esses ativos possuem outras 2 importantes diferenças em relação ao CDB, uma positiva e outra negativa.

A diferença positiva é que esse tipo de aplicação é isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas, já a diferença negativa está na baixa liquidez — mas tal problema pode ser facilmente contornado se o prazo de pagamento for bem planejado. A maioria dos títulos de LCI E LCA tem no mínimo 3 meses de “carência”, ou seja, dentro deste período não será possível você resgatar o dinheiro. E quanto maior a carência, maior o rendimento.

Por fim, assim como no caso do CDB, o Fundo Garantidor de Crédito oferece garantia para aplicações de valor inferior a R$ 250 mil, tornando o risco zero para quem não ultrapassa este teto.

Uma dica para quem não aceita perdas e quer ter um rendimento ainda maior é comprar títulos de LCI ou LCA através de corretoras financeiras como, por exemplo, a XP Investimentos, que é uma grande corretora que possui títulos de diversos bancos disponíveis para compra numa plataforma online através do site deles. Mas existem muitas outras no mercado, basta pesquisar por corretora de investimento/financeira.

Assim, por meio das corretoras é possível comprar títulos de vários bancos para diversificar sua carteira de investimentos e ainda se manter dentro do limite do seguro do FGC, ou seja, se você tiver 1 milhão para investir, divida-o para 4 ou 5 bancos diferentes, pois é por cada banco que o FGC garante R$ 250 mil de volta se houver uma quebra da instituição.

Títulos Públicos

Uma das formas do Governo arrecadar dinheiro para financiar suas atividades é por meio da comercialização de títulos públicos. Trata-se de ativos de renda fixa dos mais variados tipos de pagamentos de juros, prazos, liquidez e rentabilidade, tornando essa aplicação capaz de ser uma boa opção aos mais variados perfis de investidores.

Como a maioria dos títulos possui seus rendimentos ligados à SELIC, no atual cenário esse tipo de investimento se encontra com excelente custo benefício dado que o risco do Governo aplicar o calote na dívida pública é extremamente baixo e a perspectiva para a taxa de juros, que já está alta, é de novos aumentos no futuro.

Entretanto, os títulos públicos compartilham da mesma alíquota de imposta de renda que existe sobre o CDB, variando de 15% para os títulos da maiores prazos — superiores a 720 dias — até 22,5% para os títulos de menores prazos — inferiores a 180 dias —, tornando essa sua principal desvantagem.

Como visto, a resposta para onde investir na crise não é única, e deve ser cuidadosamente estudada de acordo com o momento econômico do país. Suas dúvidas foram sanadas? Gostaria de acompanhar mais posts sobre o assunto? Não deixe de assinar nossa Newsletter e ficar por dentro de nossas dicas sobre investimentos e outros dos mais variados temas discutidos aqui no blog.

Referências
  1. http://exame.abril.com.br/videos/seu-dinheiro-na-tv/investir-na-crise-pode-ser-realmente-bom-mas-onde/
  2. http://www.infomoney.com.br/onde-investir/renda-fixa/noticia/4310156/nao-sabe-onde-investir-com-crise-veja-recomendacoes-especialistas
  3. http://www.infomoney.com.br/onde-investir/renda-fixa/noticia/4304612/especialista-elabora-carteira-investimentos-para-lucrar-muito-com-crise
  4. http://dinheirama.com/blog/2015/07/27/3-investimentos-realizar-mesmo-epocas-crise-voce-conhece/
  5. http://dinheirama.com/blog/2015/05/18/lci-lca-otimas-oportunidades-investimento-crise/
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